domingo, 29 de junho de 2008

"Múltiplas versões do mundo" ( Natureza e Espirito pags: 131-133)

É importante focar as variações da combinação, as quais parecem dar ao organismo informação perceptível acerca do mundo que nos rodeia ou acerca dele próprio como parte desse mundo exterior como quando uma criança vê o seu próprio dedo do pé).
De todos os exemplos o mais simples mas ao mesmo tempo o mais profundo é o facto de serem necessárias, pelo menos, duas coisas para criar uma diferença (o caso da diferença).
Para produzir sinais de diferença, isto é, informação, têm de existir duas entidades (reais ou imaginarias) de tal modo que a diferença entre elas possa ser imanente á sua relação mútua.
Existe uma questão profunda e sem resposta sobre a natureza destas «pelo menos duas» coisas que geram entre elas a diferença que se torna informação através da construção da diferença.
Cada uma é uma não-identidade, um não-ser. Não é diferente do ser nem do não-ser.
A matéria da sensação é então constituída por um par de valores variável, apresentada durante algum tempo a um órgão dos sentidos cuja reacção depende da proporção entre membros do par.
Entre os seres humanos, a capacidade de descrição e a explicação são altamente valorizadas, mas o exemplo da informação (e da informação dupla) é de certa forma bastante importante (caso da descrição, da tautologia e da explicação).
Grande parte da informação presente nas descrições é habitualmente atirada fora, e só uma pequena parte daquilo que devia ser explicado é, de facto, explicada. As explicações são duma importância enorme, e concedem um ganho de discernimento sobre aquilo que está contido nas descrições. Para examinar qualquer caso é necessário indicar primeiro breves definições das três palavras: descrição, tautologia e explicação.

Realizado por: Filipa Pereira 52324

Nenhum comentário: