domingo, 29 de junho de 2008

"La epistemologia de la cibernética”(Pasos hacia una ecologia de la mente-p345)

Nos últimos 25 anos, importantes avanços foram feitos ao nível do que é o ambiente, um organismo, e a mente. Avanços estes provenientes da cibernética, (teoria dos sistemas, da informação, e ciências com ela relacionadas).
No presente contexto tem máxima importância referir que nenhuma parte do sistema interno interactivo do mesmo tem um controlo unilateral sobre o resto ou sobre qualquer outra parte, é aqui onde entram as características a nível mental, as quais possuem o “poder” sobre o sistema como um todo. Facto este designado por holístico e evidente. A mente funciona assim como um regulador para o sistema, como uma essência, um órgão sensível. O comportamento do regulador, por outras palavras, refere-se ao comportamento de outras partes do sistema, e indirectamente pela sua intervenção realizada anteriormente em outras partes do sistema. Este carácter holístico e mental esta claramente representado pelo facto do comportamento do regulador esta pelo seu comportamento prévio.
Um regulador humano num sistema social está constantemente constrangido, controlado pela informação que recebe do sistema, e assim tem que adaptar as suas próprias acções as características temporais e aos efeitos da sua própria acção passada.
Podemos então dizer que nenhum sistema no qual existam características mentais, poderá existir uma parte unilateral sobre o todo. Concluímos isto quando nos perguntamos: “Pode pensar um computador?”, ou “Encontra-se a mente na cabeça?”, e a resposta a ambas as perguntas apresentará uma resposta negativa.
Podemos dizer que a mente está inerente aqueles circuitos dentro cérebro que estão completos, ou ainda, que esta se encontra inerente a um sistema mais amplo, o do Homem e do ambiente. Consideremos um homem que deita abaixo uma árvore: cada corte feito pela machada é modificado e corrigido conforme a figura da cara cortada da árvore que o corte anterior deixou. Este processo de autocorrecção (ou seja, mental), resulta de um sistema total: árvore – olhos – cérebro – músculo – machado – corte - árvore, é neste sistema total que encontramos a característica da mente inerente. Já os ocidentais poriam a questão da seguinte forma: “eu cortei a árvore”, criando assim um “eu próprio”. Imaginemos um cego, onde começará o “eu próprio” deste? Na parte inferior da sua bengala, na metade, ou na parte superior?, estas questões carecem de sentido visto que a sue bengala é uma via através da qual lhe são transmitidas as informações para a delineação da sua trajectória.
A unidade total de correcção que processa a informação, ou como refere o autor:” pensa, actua e decide”, é um sistema no qual os seus limites não coincidem todos com os limites quer pelo que é designado vulgarmente de “eu próprio”, (consciência). O assim designado por mente - corpo esta completamente errado levando ao paradoxo: se, se supõe que a mente é inerente ao corpo, então será necessário que esta seja transcendente, contrariando o facto verdadeiro de que o sistema não é uma entidade transcendente, como normalmente se supõe que o “eu próprio” sim o é.



Realizado por: Carina Afonso 52329

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